terça-feira, 9 de outubro de 2012

SAÚDE

Criança com queimadura espera sete horas por transferência para hospital

Secretaria da Saúde de Franca apura falhas em atendimento médico.
Menino se queimou com água quente em casa no final de setembro.

Criança queimada por água espera sete horas por ambulância para Ribeirão Preto (Foto: Rodolfo Tiengo/G1)Há dez dias internado no HC de Ribeirão, criança se recupera de queimaduras (Foto: Rodolfo Tiengo/G1)
A Secretaria da Saúde de Franca (SP) investiga desde a semana passada falhas de hospitais no atendimento e na transferência de uma criança de 1 ano e 7 meses que teve 12% do corpo queimado por água quente em casa no final de setembro.
Além de não ser internado pela médica responsável na primeira consulta realizada no Pronto-Socorro Infantil, em um segundo atendimento na Santa Casa o menino esperou ao menos sete horas para ser levado de ambulância ao Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto(SP), de acordo com o profissional autônomo César Miranda, 44 anos, pai do paciente.
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Rosane Moscardini, secretária da Saúde de Franca, confirmou por meio de sua assessoria de imprensa que abriu um procedimento administrativo para verificar as falhas do primeiro atendimento, realizado na tarde do dia 27 de setembro, e a demora na transferência para Ribeirão, no dia 28.
O pai da criança alega que, durante a espera pela transferência, um médico da Santa Casa chegou a cancelar uma ambulância disponível. A demora, segundo Miranda, quase fez com que eles perdessem o leito reservado na ala de queimados do HC em Ribeirão. "Ficou do meio-dia às sete e meia da noite para liberar a ambulância. Ficavam jogando de um lado para o outro. Quando chegou aqui [em Ribeirão Preto] quase perdemos a vaga, já que a vaga era para o meio-dia. Sorte que os médicos encontraram outra e encaixaram", disse Miranda.
Criança queimada por água espera sete horas por ambulância para Ribeirão Preto (Foto: Rodolfo Tiengo/ G1)César Miranda diz que filho não recebeu atendimento adequado em pronto-socorro (Foto: Rodolfo Tiengo/ G1)
Ele também reclama da médica responsável no primeiro atendimento no Pronto-Socorro Infantil. Segundo o pai, a profissional ignorou a gravidade do estado de saúde da criança e a dispensou da internação. Depois disso, o menino piorou e teve febre. "Ela fez os curativos, passou uma pomada no rosto dele, mandou para casa e pediu para voltar segunda-feira. Era uma quinta-feira", disse.
Delegacia da MulherO atendimento médico que o menino recebeu nos hospitais também é investigado pela Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Franca. De acordo com a delegada Christina Bueno de Oliveira, o caso será apurado com base em prontuários médicos.
Estado de saúdeInternado há dez dias na ala de queimados na unidade de emergência do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto (SP), o menino de 1 ano e 7 meses já se recuperou da maior parte das queimaduras no rosto, no tórax e nos braços e tem se alimentado normalmente, de acordo com o pai. Segundo ele, a previsão é de que a criança receba alta na próxima semana.
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Bebê sobrevive a doença no fígado após transplante raro em SP

"É um milagre", diz mãe de Artur, de apenas quatro meses.
Médicos tiveram que reduzir glândula em 3 vezes para ser compatível.

Arthur, de quatro meses, sobreviveu a hepatite fulminante após passar por transplante. (Foto: Reprodução EPTV)Artur, de quatro meses, sobreviveu a hepatite fulminante após passar por transplante (Foto: Reprodução EPTV)
Artur, de quatro meses, é a concretização daquilo que sua mãe, Elaine Argenton Cristófaro, chama de milagre. Curado da hepatite fulminante, doença que deteriora as funções do fígado e que pode levar à morte, o bebê de Jaboticabal (SP) leva uma vida normal dois meses depois de sobreviver a um delicado transplante de aproximadamente dez horas.
Um procedimento que, além da habilidade médica, contou com acaso e generosidade: na fila do transplante, Artur conseguiu um fígado extraído de uma criança de 7 anos que havia morrido de meningite. Glândula que ainda assim foi reduzida em três vezes para se adaptar ao organismo do bebê.
“A gente recebeu uma benção dessa família que perdeu uma criança e doou o órgão. A gente diz que é um milagre, porque recebemos nosso filho de volta”, afirma Elaine sobre a sucessão de fatos que reverteram um caso que parecia sem solução em final feliz.
A família ainda lembra em detalhes os primeiros sintomas da enfermidade no filho, sobretudo da diarreia incomum, quando ele ainda não tinha completado dois meses. Como se não bastasse a pele amarelada e inchada, as fezes do recém-nascido constantemente vinham com sangue. “Ele tinha que renovar sangue todo dia”, relata o pai da criança, o faturista Adalberto Cristófaro.
Com o passar dos dias, as medicações que garantiam o funcionamento do fígado – responsável por limpar impurezas transportadas pelo sangue – se mostravam cada vez menos eficazes. Os riscos de sequelas, para não dizer de morte, gradativamente eram maiores e a única saída era o complicado procedimento cirúrgico, que poderia ou não dar certo. “Era uma corrida contra o tempo, pois ele estava piorando a cada dia”, conta a mãe.
Artur passou por cirurgia de quase dez horas antes de ficar curado da hepatite. (Foto: Reprodução EPTV/ Arquivo pessoal)Artur passou por cirurgia de quase 10 horas
(Foto: Reprodução EPTV/ Arquivo pessoal)
O desespero levou os pais ao Hospital das Clínicas de São Paulo, onde conseguiram em dois dias uma cirurgia para o bebê. “Era uma terça-feira quando chegamos. Na quinta-feira apareceu o órgão do doador”, disse Elaine.
A fonte de esperança para a família era um fígado que, embora retirado de uma criança de apenas 7 anos, não poderia ser utilizado naquelas condições sem uma adaptação minuciosa, explica o coordenador de transplante hepático do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto(SP), Ênio David Mendes.
“O importante no transplante é a questão da compatibilidade. Em crianças pequenas como essa, dificilmente se consegue um órgão em tamanho compatível. Então teria que ser feita uma redução”, explica Mendes.
As cerca de dez horas que separaram o desespero da alegria na família de Jaboticabal durante o transplante ficaram marcadas na memória de Elaine: “Ele entrou em cirurgia às 18h de uma quinta-feira e saiu às 3h de sexta-feira”, disse, sobre o momento em que Artur foi levado para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI), onde ficou por três dias em observação antes de ser levado de volta para casa.
Hoje Artur mama, brinca e dorme normalmente, como se tivesse nascido de novo para os seus pais. “Ele é perfeito”, comemora a mãe.


28/03/2012 18h50 - Atualizado em 03/04/2012 18h05

Anabolizante faz crescer pelos em menino de 2 anos em Santa Cruz, SP

Garoto fazia tratamento e recebeu superdosagem da medicação, diz família.
Prefeitura diz que abriu sindicância para apurar erro de farmacêutica.

Um casal acusa uma farmacêutica da Prefeitura de Santa Cruz da Esperança (SP) de errar na dosagem de anabolizantes usados para tratar o filho de 2 anos. A criança teria apresentado reações como aparecimento de pelos, voz grossa, transpiração excessiva e crescimento fora do padrão.
A medicação era aplicada para tratar um problema de desenvolvimento no órgão genital, mas a quantidade administrada foi de 250mg, quatro vezes maior que a prescrita. A família só percebeu o problema depois de algumas semanas, quando percebeu o surgimento dos pelos.
Mãe aponta pelos em menino de 2 anos que recebeu superdosagem em Santa Cruz da Esperança, SP (Foto: Reprodução/EPTV)Mãe aponta pelos em menino de 2 anos que
recebeu superdosagem de anabolizante
(Foto: Reprodução/EPTV)
Atualmente o menino tem estatura de uma criança de 5 anos e usa calçados numeração 30. A mãe afirmou que o garoto é capaz de carregar a irmã quatro anos mais velha. “Eu não matriculei na escola, com medo de que ele sofra preconceito. Ele é muito agitado e diferente de uma criança normal”, disse.
Segundo ela, os médicos do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto (HC-RP) que receitaram a medicação estão acompanhando o caso. “Disseram que o remédio vai continuar no organismo por mais 10 anos. Tem que fazer acompanhamento sempre”, afirmou.
Prefeitura
A secretária da Saúde de Santa Cruz da Esperança (SP), Elaine Cristina de Fátima Menuccino, admitiu que o medicamento foi comprado por uma farmacêutica da Prefeitura. Segundo Elaine, a administração instaurou uma sindicância para apurar negligêcia por parte da funcionária. A mulher, entretanto, não foi afastada das funções.

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